A história dos flamingos do Zoo
A elegância do seu tom rosado não os deixa passar despercebidos ao olhar curioso dos nossos visitantes. Os flamingos são uma das aves mais elegantes do reino animal e a sua história no Zoo de Lourosa é tão bonita quanto desafiante.
Queres saber mais sobre a história destas fascinantes aves? Então senta-te de forma confortável e prepara-te para conhecer uma história muito bonita em tons de cor-de-rosa.
Era uma vez… um Zoo em tons de cor-de-rosa
Historicamente os flamingos eram exibidos nos zoos em pontos estratégicos, cumprindo uma função estética de embelezamento do local, contudo, no Zoo de Lourosa, o nosso propósito foi sempre criar as melhores condições de bem-estar para estas aves e permitir-lhes expressar os seus comportamentos naturais.
Os primeiros flamingos chegaram a Lourosa na década de noventa e eram todos aves irrecuperáveis provenientes do Parque Nacional de Doñana, no Sul de Espanha, que foram encontradas feridas na natureza e não puderam ser libertadas de novo após tratamento, uma vez que se encontravam incapacitadas de voar. Por se tratarem de aves selvagens, a sua adaptação ao cativeiro foi desafiante. Durante vários anos, embora estivessem saudáveis, não se reproduziram e mostravam-se visivelmente perturbados com a presença humana.
Em 2010, tornou-se prioritário para a equipa de o Zoo de Lourosa criar condições para a reprodução destas aves e foi criado o projeto “Alerta Rosa”. Este projeto englobou uma vertente técnica, mas também pedagógica. No ano seguinte, a instalação dos flamingos foi remodelada, com o intuito de aumentar o espelho de água e se criarem áreas de nidificação adequadas.
Foi também criado o atelier “E se eu fosse um flamingo”, dando oportunidade às crianças de vestir a pele de um flamingo e, por último, foi lançada aquela que representa para muitos o ponto alto da visita ao nosso Zoo, “A hora de alimentação dos flamingos”.
Família em crescimento
Este trabalho multidisciplinar resultou em conquistas a vários níveis. A introdução de novas aves e a maior proximidade com o público, associada ao momento de alimentação, contribuiu para que as aves mais antigas se mostrassem mais confortáveis na presença de pessoas. Ao longo do tempo, começamos a observar a formação de vários casais e, em 2015, quando as aves de Basileia atingiram a idade adulta, começaram a ser construídos os primeiros ninhos.
O sucesso reprodutivo aconteceu em 2017, com o nascimento de 2 crias e, desde então, todos os anos a nossa família de flamingos cresce. O bando inicial de cerca de 20 aves conta agora com 37 aves que partilham a instalação às vezes de forma harmoniosa, outras vezes à bela moda das famílias numerosas, cuja vida parece uma telenovela.
Ambos os momentos nos mostram a natureza destas aves que vivem felizes no Zoo de Lourosa e que são embaixadoras das várias espécies de flamingos que habitam o nosso planeta e merecem ser preservadas e conhecidas não só pela sua beleza singular, mas pelas suas características únicas.
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